Cristina Simões professora da Educação Especial é uma das 50 finalistas do prestigiado Global Teacher Prize.
Há mais de 20 anos que Cristina é professora de educação especial em Tondela, Portugal, e há oito anos usa um modelo chamado "Qualidade de Vida" com seus alunos. Ela sonhava em ser professora desde a infância e, depois de uma experiência que a deixou muito marcada como estudante, decidiu começar a trabalhar em educação especial.
Cristina utiliza várias práticas educacionais inovadoras e, como objetivos, visa desenvolver a independência, participação social e bem-estar de seus alunos que têm uma variedade de necessidades educacionais especiais.
Para esse fim, ela costuma ser vista ensinando as crianças enquanto viaja com elas no supermercado, correios, jardim e até na faixa de pedestres. A sua taxa de sucesso de 100% na aprendizagem dos alunos levou-a a tornar-se uma das finalistas do Prémio Nacional do Professor Portugal no ano passado.
Ela projetou uma escala que mede a qualidade de vida de adultos com deficiência intelectual e adaptou-a a estudantes portugueses, mapeando oito domínios: desenvolvimento pessoal, autodeterminação, relacionamento interpessoal, inclusão social, direitos, bem-estar emocional, bem-estar físico.
Para melhorar esses indicadores, na sala de aula, Cristina trabalha na independência, participação social e bem-estar de seus alunos. O projeto teve um apelo e popularidade generalizados, levando-a a treinar outros profissionais em seus princípios em todo o país.
Além disso, ela é mentora de professores e ganhou vários prémios nacionais e internacionais por sua contribuição na profissionalização de professores e pelo impacto de seu trabalho na comunidade. Cristina entende a diversidade como um valor primário e promove a inclusão de pessoas com deficiência.
A defesa dos direitos de aprendizagem e o direito de obter uma melhor qualidade de vida para seus alunos são o motor que a inspirou a exercer a sua profissão.
Como professora e pesquisadora, ela reconhece que o grande desafio atual é combater os preconceitos sociais, mudar a visão que a sociedade tem das pessoas com deficiência e reconhecê-las como sujeitos do direito e envolvê-las em seu próprio processo de aprendizagem, promovendo sua autonomia e independência.
Fonte: Global Teacher Prize
