Professor maltratado por alunos preferiu morrer a voltar ao 9.º B
Nas últimas horas existiram desenvolvimentos no caso do Leandro. Parece-me estranho a PSP não considerar o afogamento como suicídio, porque o rapaz não entrou no rio Tua com ideia de se refrescar. Uma surpresa é a divulgação de um segredo bem guardado que ocorreu antes do Carnaval. Um professor maltratado numa Escola de Sintra preferiu morrer a regressar à turma que o maltratou. Tinha 51 anos e era professor de Música na Escola Básica 2.3 de Fitares, em Rio de Mouro, Sintra. A Escola recusa falar do caso.
"Luís não avisou ninguém do acto radical. Mas radicalizou, segundo a família e os colegas, os apelos junto da direcção da escola para que resolvesse a indisciplina, em particular naquela turma. Fez várias participações que não terão tido seguimento. O PÚBLICO tentou ouvir a directora da escola, que justificou que só presta declarações mediante autorização da Direcção Regional de Educação de Lisboa. Fizemos o pedido e não recebemos resposta. Contudo, foi possível apurar que a Inspecção-Geral da Educação tem participações do alegado incumprimento da legislação sobre questões disciplinares por parte da direcção daquela escola."
Os quatro vértices da notícia: história do professor, posição dos país, declaração de sindicatos, posição do Ministério da Educação.
História do Professor
Pais e professores de Fitares indignados com associação entre suicídio e indisciplina dos alunos
Ministério da Educação abre inquérito ao suicídio de professor
Posição do Ministério da Educação
FNE defende responsabilização dos pais pelos actos dos alunos
Declaração FNE
Em Mirandela
O inquérito terminou e conclui que o jovem Leandro não se queria matar.