Recebi um email que revela a rápida deteriorização dos salários dos professores do Ensino do Português no Estrangeiro.

Vi hoje que um euro vale neste momento, 1,02 francos, tendo vindo a baixar drasticamente nos últimos tempos. Dentro em breve o euro estará igual ao franco. Agradecia que alertasse o Instituto Camões e o Ministério dos Negócios Estrangeiros para o facto de não ser possível viver no país com o nível de vida mais caro da Europa com o vencimento atualmente auferido em francos pelos professores do EPE na Suíça. Vão ter de ser criados mecanismos que protejam tanto os professores como os funcionários consulares e das Embaixadas. A situação piorou no início do ano e deteriorou-se agora de forma insustentável. E a questão é que o problema tende a agravar-se. Estou certa de que, como já mencionei, daqui a poucos meses, na atual conjuntura, o franco estará efetivamente igual ao euro, e atrevo-me a dizer que poderá ultrapassá-lo.

Tenho consciência de que o nosso país está mal de finanças, mas este problema vai ter de ser posto em cima da mesa, discutido e resolvido definitivamente. Desde janeiro, com o corte salarial de 10%, que nós, professores da Suíça, e o Sindicato dos Professores nas Comunidades Lusíadas,alertámos para o facto. Portugal não se pode permitir - e aliás, é proibido pela legislação, quando se assina a "declaração de incompatibilidades" - que os professores arranjem outros trabalhos para fazer face aos simples encargos do aluguer de casa e da alimentação, ainda por cima, não autorizando o Ministério das Finanças a dedução do aluguer de casa no IRS.

Agradeço desde já a sua disponibilidade para tratar deste assunto.

Com os melhores cumprimentos

Graça Lourenço