Funcionários consulares e docentes do EPE estão à procura de soluções de futuro.
Os trabalhadores consulares na Suíça começaram, na segunda-feira, uma greve por tempo indeterminado.
Uma paralisação para protestar contra a queda do poder de compra provocada pelas diferenças cambiais. Os docentes do EPE continuam as aulas porque não têm uma forte presença sindical, no entanto, sofrem as mesmas consequências do câmbio euro/franco.
O secretário-geral dos Sindicato dos Trabalhadores Consulares e das Missões Diplomáticas adianta que já foram feitos diversos contactos com o Governo, mas sublinha que as respostas recebidas não foram satisfatórias.
Ouça o comentário de Jorge Veludo em declarações à TSF
Na segunda-feira, cerca de 60 trabalhadores não-diplomáticos das Embaixadas e dos Consulados em Berna, Zurique, Genebra, Sion e Lugano começaram uma greve por tempo indeterminado. Assim, os 250'000 portugueses na Suíça estão impossibilitados de poderem renovar, os passaportes, cartões do cidadão e outros documentos ou serviços. O motivo do conflito é a crise do Euro. Devido aos salários dos funcionários serem pagos em euros, os vencimentos sofreram de uma queda. Em vez de 4'000 francos suíços, alguns pais de família agora só recebem 2'700 francos suíços. Até agora, o Governo em Lisboa recusou-se compensar as perdas de câmbio. António Dias da Costa, um dos grevistas, diz: ''Não exigimos nenhum aumento de salário, mas sim uma compensação das perdas de salário devido à desvalorização do franco suiço''.
Agora, existe alguma esperança que vem da Suíça. A Presidente Federal Micheline Clamy-Rey garantiu receber uma delegação dos grevistas ainda esta semana. Esses mostraram-se contentes pela notícia e postura da Ministra. Esperam de Calmy-Rey apoio moral e um sinal em direcção de Lisboa. Ontem, houve declarações de solidariedade oficiais dos contratados locais italianos na Suíça. Os italianos têm o mesmo problema. Em alguns casos, os salários cairam abaixo do mínimo de sobrevivência.
Fonte: BLICK.CH