Bases para a Reorganização do Ensino Profissional de Jovens

Bases para a Reorganização do Ensino Profissional de Jovens

A escola portuguesa privilegia as competências académicas deixando as competências profissionais de lado.

É vital ressuscitar o ensino profissional. Na minha opinião as experiências profissionais de curta duração devem estar ligadas à escola a partir do 8.º ano e devem ser instituídas em todas as escolas do 3.º ciclo. 

Como refiro neste artigo, "as férias de verão são demasiado longas para os alunos do 3.º Ciclo e Secundário. Era preferível prolongar o ano letivo mais uma semana ou encurtar as férias, e permitir aos alunos a experiência enriquecedora do trabalho profissional.".

Ramiro Marques professor e editor do ProfBlog.org tem escrito alguns textos sobre este tema que condensou num artigo que eu recomendo a leitura atenta.

Deixo-vos com um excerto da nota prévia do artigo Bases para a Reorganização do Ensino Profissional de Jovens de 21 de Março de 2012.

A reforma do ensino profissional de jovens tem de ser gradualista, apostar no aumento da qualidade e do rigor e aprofundar a ligação às empresas. Há de ter o contributo das escolas secundárias, públicas e privadas, e das empresas e associações empresariais.

Essa articulação deve fazer-se pela partilha de conhecimentos, recursos e equipamentos. As escolas fornecem os recursos humanos para assegurarem o ensino da literacia, matemática, inglês e informática. As empresas oferecem o ambiente de trabalho, o contexto onde se faz o estágio e onde se ensina a dimensão tecnológica do currículo. É também a empresa que oferece o currículo informal centrado na aquisição das virtudes que potenciam a realização profissional e a integração no mercado de trabalho: empreendedorismo, resiliência, pontualidade, assiduidade, respeito pelas chefias e gosto pelo trabalho bem feito.