O recente caso da criança que foi impedida de entrar na escola devido à TDAH despoletou este artigo.
O Ministério da Educação justificou esta medida como "uma segurança para todos" (ligação).
A decisão foi tomada em conjunto por médicos e direção da Escola da Avenida de Viana do Castelo.
É uma decisão polémica, suspender uma criança devido à sua hiperatividade, mas levemos em conta os comportamentos perigosos que demonstrou, como morder a professora, bater nos colegas, partir a janela da sala...
O pormenor que me deixa inquieto é que desde Setembro, início do ano escolar, que a criança demonstra estes comportamentos e durante este tempo ainda não se ajustou a medicação? Haverá aqui alguma "incompetência" dos encarregados de educação, ou até da Escola e Médicos? Tenho alunos hiperativos, que são mais atentos e calmos que a maioria, bem educados e amigos dos colegas, têm sorte porque em casa recebem as doses certas da medicação às horas certas.

Vamos aprender um pouco mais sobre a Hiperatividade:
A hiperatividade é um dos componentes mais conhecidos do TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. A criança hiperativa mostra atividade maior que outras crianças da mesma idade. É comum as crianças serem ativas, sem que isto seja uma hiperatividade anormal ou patológica. A diferença é que a criança hiperativa mostra um excesso de comportamentos, em relação às outras crianças, além de dificuldade em manter a concentração, impulsividade e agitação. A criança hiperativa é um desafio para seus pais, familiares e professores.
A medicação não é um sedativo mas um estimulante, assegura Nuno Lobo Antunes um neuropediatra. A medicação é administrada até que os pais, médicos e paciente acharem que é necessária, normalmente o problema passa na idade adulta, quando há uma maturação do lobo frontal e os sintomas deixam de se manifestar.
E quanto ao remédio antigo? Uma palmada na altura certa?
Eu penso que uma palmada na altura certa pode resultar numa criança que não seja hiperativa, isto porque a Hiperatividade é uma perturbação permanente do comportamento e não pode ser tratada da mesma forma do que a falta de educação.
Quanto ao mau comportamento, fora do âmbito da hiperatividade, admito que se retrocedeu muito, em demasia, hoje as crianças pensam mesmo " faço o que me apetece na escola, não sofro consequências" . Para os Pais, em casa demostram ser exemplares, mas na escola, porque estão em grupo, às vezes excedem-se e deviam ser corrigidas. Talvez a "palmada" não volte à escola, mas sou 100% a favor de que os Pais paguem multas, de 50 até 100 euros, pelo mau comportamento dos filhos. Algo me diz que em casa os filhos seriam persuadidos a comportarem-se direito.