Portugal, um país que desinveste na educação e no ensino apesar de 47,6% da população e 43,4% dos trabalhadores com emprego terem apenas o ensino básico ou menos, quase o dobro da média da U.E. (ler a apresentação em anexo).
O desinvestimento no ensino básico e secundário no nosso país é claro e tem consequências dramáticas.
Explicação/ justificação para a divulgação desta informação sobe o investimento no ensino em Portugal
A direção da Federação Nacional do Professores (FENPROF), a quem agradeço, convidou-me para fazer uma intervenção durante a reunião do seu Conselho Nacional, sobre “O INVESTIMENTO NO ENSINO E NA EDUCAÇÃO EM PORTUGAL”. São precisamente os “slides” que utilizei nessa intervenção que agora divulgo.
- E decidi divulgar estes “slides” porque contêm um conjunto de dados todos oficiais, cuja fonte indicamos, dispersos em várias publicações oficiais por isso de difícil acesso, que mostram de uma forma clara a baixa escolaridade de uma percentagem ainda muito significativa quer da população total quer da população empregada em Portugal, muito superior à média dos países da União Europeia (a população total com o ensino básico ou menos é, em Portugal, praticamente o dobro da média dos países da U.E.) e as suas consequências que poderão ser úteis a todos que se interessam pela situação do ensino no nosso país. Esperamos que o sejam pois deu muito trabalho reuni-los em 18 slides
- A baixa escolaridade de uma percentagem significativa da população portuguesa quer total quer mesmo empregada, por um lado, está associado a um tipo de economia cujo perfil dominante é a de emprego pouco qualificado e com baixa produtividade constituindo um obstáculo à criação de uma economia desenvolvida; por outro lado, determina baixos salários e baixas condições de vida para milhões de portugueses e, finalmente, quando se verifica uma crise, como foi a causada pela ação da “troika” e a atual, assiste-se à destruição maciça fundamentalmente dos empregos ocupados por trabalhadores com baixa escolaridade, sendo muitos deles excluídos definitivamente do mercado de trabalho. A crise não é igual para todos mesmo nesta área.
- Apesar da baixa escolaridade gerar miséria e ser um obstáculo ao desenvolvimento do país, e fragilizar a economia tornando mais difícil enfrentar crises como a atual, tem-se assistido a um DESINVESTIMENTO NO ENSINO E NA EDUCAÇÃO em Portugal por parte dos governos como mostramos neste estudo utilizando apenas dados oficiais.
A DESPESA DE FUNCIONAMENTO COM O ENSINO BÁSICO E COM O SECUNDÁRIO, a preços correntes, DIMINUIU, ENTRE 2010 E 2020, EM 1726,9 MILHÕES € (-25,8% ).
AS DESPESAS COM PESSOAL FORAM REDUZIDAS EM 512,8 MILHÕES € (-9,7%). A PREÇOS CONSTANTES DE 2010 (após a dedução do aumento de preços) A REDUÇÃO NAS DESPESA DE FUNCIONAMENTO ATINGIRAM 2.211 MILHÕES € (-33%) E AS COM A PESSOAL DIMINUIRAM EM 974,6 MILHÕES € (-18,5%) . O desinvestimento no ensino básico e secundário no nosso país é claro e tem consequências dramáticas.
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