Ao longo de vários dias de debate cheguei a estas conclusões

1. Uma Escola que fecha não volta a abrir, mesmo que no futuro uma aldeia consiga atingir uma cota superior a 20 alunos.

2. Mega-agrupamentos são mais impessoais e de difícil gestão, por exemplo, aumentamos as filas de espera para ir à casa de banho, ou para utilizar um espaço de recreio, e misturamos crianças de 6 anos com adolescentes.

3. Convém dizer que mais alunos concentrados na prática equivale a mais alunos por professor.

4. O melhor refeitório é a nossa cozinha. Eu cresci numa pequena freguesia e sem muito bem que as crianças estão a 300 metros de casa e costumam ir almoçar a casa.

5. Fechar as escolas pequenas e obrigar as crianças a viajarem, mais de uma hora por dia, dentro de autocarros é aumentar as diferenças e as assimetrias.

6. As crianças do 1.º ciclo deslocadas não farão uma boa transição entre o Pré-escolar e  1. ciclo, o que poderá provocar o desagrado pela Escola.

7. Não devia ser da competência do ME fecharem ou manterem escolas abertas. Deveriam ser as Autarquias a decidir se mantêm ou fecham estas pequenas escolas, porque existem especificidades regionais, como escolas renovadas há dois anos que agora poderão fechar.

8. Devemos ter em conta a dinamização económica e social que a existência de um professor e uma escola aberta têm numa região, no que concerne ao combate à desertificação, à promoção da cultura, e ao incentivo da economia local.

9. Encerrar Escolas nas aldeias é como terminar com a alegria da terra, em breve teremos só os idosos das 7:00 às 19:00, o riso das crianças deixará para sempre estes locais.

10. Existem formas de cortar nas despesas de Educação muito mais vantajosas, como por exemplo, encerrar Direcções como a DGIC, e diminuir os gastos correntes, por exemplo substituindo lâmpadas, diminuindo o consumo de água, reutilizar os manuais escolares e os Magalhães.