O Estado quer saber dos nossos Filhos?

O Estado quer saber dos nossos Filhos?

São 2.215.000 Portugueses reavaliados devido aos cortes do Estado nas prestações sociais. Somam-se aos cheques bebé e cheques dentista...

As pessoas que estão a receber rendimento social de inserção (395 mil), subsídio social de desemprego (120 mil pessoas) ou abono de família (1,7 milhões de agregados) verão as suas prestações serem reavaliadas à luz das novas regras ontem publicadas e que entram em vigor a 1 de Agosto. O conceito de agregado familiar também se altera e fica claro que só terão direito às prestações (RSI, subsídio social de desemprego, abono de família, acção social escolar, comparticipação de medicamentos, subsídio a pessoas com deficiência) os agregados que tenham um património mobiliário (dinheiro e acções) inferior a 100 mil euros no momento em que pediram o apoio. Depreende-se da leitura do diploma que todos os beneficiários nestas condições perderão o direito às prestações.

Fonte Público

Cheque Bebé

O Estado prometeu 200 euros para todos os novos nascimentos. Só que esses Cheques voaram!

Cheques Dentista

Em Setembro, José Carlos recebeu um cheque-dentista para a filha ser observada gratuitamente num consultório privado. A data era de Junho, mas só lhe chegou às mãos três meses depois. Mesmo assim, ligou para o consultório e fez uma marcação. Conseguiu vaga para Novembro.
Semanas depois, recebeu em casa uma carta para pagar a consulta, porque "o cheque-dentista" estava fora do prazo. A queixa seguiu para a ministra da Saúde, através do deputado do PCP Bernardino Soares, mas o cheque careca passado pelo Estado a este pai do Porto não é caso único.
O coordenador do Programa Nacional de Saúde Oral, Rui Calado, admite que já recebeu várias queixas. Mas, como o sistema informático não permite registar vales fora do prazo, refere que não há forma de saber quantos cheques foram entregues pelas escolas após a data, ou quantos pais deixaram passar o limite por descuido. "Se se provar que os atrasos foram nos nossos serviços ou na escolas, tentaremos encontrar uma solução", garante.