O desemprego de 30.000 docentes no próximo ano letivo une os cidadãos no protesto.

De Norte a Sul e até no Estrangeiro aumentam as fileiras de professores que discutem a precariedade profissional.
Ao descontentamento geral sobre a redução dos salários, que apesar de tudo está a ser tolerada, há uma gota que transbordou o copo, o Decreto-Lei n.º 18/2011. D.R. n.º 23, Série I de 2011-02-02.
Este documento elimina 13 tempos lectivos no 3º ciclo, reduz 4 horas semanais no 2.º ciclo e irá colocar 25% dos professores dos quadros no desemprego, ou em mobilidade especial.
Os professores prometem que "Vamos fazer o que ainda não foi feito". Se a anterior Ministra da Educação teve 100.000 protestantes pacíficos na rua, por este andar a actual Ministra terá uma situação Tunisina! É de esperar 1 milhão de trabalhadores unidos nos próximos protestos.
Até o 1.º ciclo será afectado indirectamente pelo "Decreto do Desemprego" os números apontam que 7 mil professores de EVT para fugir ao despedimento irão ingressar no 1.º Ciclo tirando o lugar a 7000 contratados, o que é uma dupla injustiça, porque professores com vocação para o 2º Ciclo são obrigados a leccionar no 1.º Ciclo, "expulsando" quem tem vocação e desejo de leccionar no 1.º Ciclo.
O caminho para o protesto é inevitável. Com todos os sectores do aparelho produtivo a sofrer cortes é plausível uma crise política em Portugal provocada pelo protesto dos trabalhadores.