A Forbes USA publicou um artigo extensivo na edição de Novembro sobre os 15 maiores empresários da educação online.
Salman Khan é capa de revista da Forbes USA, com um título que sugere que a dívida americana seria resolvida com a aplicação massiva dos cursos da Khan Academy e dos outros 14 empresários distinguidos pela Forbes.
O artigo da Forbes é tendencioso na medida em que desvaloriza alguns dados importantes, por exemplo, a taxa de desistência dos cursos online é substancialmente superior à educação dita "Prussiana". A jornalista Caroline Howard chega a insinuar que a educação atual estagnou no tempo, desde o século XVIII, quando o Rei da Prússia iniciou a educação elementar generalizada, esquecendo-se de mencionar os séculos de amadurecimento da pedagogia e da didática, omitindo que em vários países existem modelos muito eficazes, em relação ao custo/benefício. A realidade norte-americana pode contribuir para esta visão da educação, os Estados Unidos estão em primeiro lugar nos gastos com a Educação e apenas ocupam o 25º lugar no ranking mundial. A crescente dívida americana poderá culminar numa nova "grande depressão" e os cortes na educação podem reformular o ensino público. A fórmula de uma educação gratuita para todos pode ser levada à letra, com um custo de 40 dólares por aluno, os Estados Unidos talvez embarquem nesta aventura da educação virtual.
A minha opinião sobre os recursos online é positiva, acredito que podem melhorar a educação, por isso é que dedico algum do meu tempo a inovar este site e a desenvolver projetos de "escola virtual" e de "comunidades de aprendizagem". No entanto a transformação da educação pública para um modelo online seria um retrocesso, a existência de um professor e de uma turma real é comprovadamente o melhor sistema. Apoio a integração das ferramentas online na sala de aula, tornando-a mais atrativa e dinâmica, mas rejeito a educação virtual, especialmente durante a infância e a adolescência.
Segundo a Forbes USA, com a dívida norte americana a atingir valores astronómicos, estes empresários são a derradeira esperança para a manutenção da educação pública.