Após um mês do encerramento das escolas é a minha altura para fazer um balanço, pessoal e transmissível.
Nas primeiras duas semanas, sentia-me um pioneiro, estava "a fazer o que ainda não foi feito", por outro lado, pai de um filho com 6 meses, sou honesto quando afirmo que a ideia de ficar em casa a ajudar a criá-lo era sensacional. Quem assistiu à minha entrevista "Professores no Limite" sabe que antes desta pandemia já estava em algum sofrimento por trabalhar deslocado e longe da minha família nuclear.
Agora, depois da interrupção da Páscoa, acabaram-se as dúvidas, o ano letivo presencial terminou, estou certo que ficarei com a família, mas continuo a sofrer, sempre que coloco a máscara para sair, sempre que penso nos meus alunos mais carenciados e frágeis, alguns incontactáveis, espero que estejam bem, sofro.
O início do 3.º período é mais do que isso é um recomeço, uma redescoberta de quem somos como sociedade, temos de manter o sorriso por detrás da máscara porque os alunos aprendem estando presentes e nós mesmo longe estaremos presentes com eles.