20 colégios de Ensino Especial em risco de fechar.
Já em Março tinha alertado para a falta de apoio à Educação Especial. Na altura foi a Associação Portuguesa de Dislexia que pedia uma audiência à Ministra , porque as crianças com dislexia tinham deixado de receber apoio. Curiosamente falei da dislexia há uns dias a propósito do Método das 28 Palavras. Também no mesmo mês de Março de 2010 a ACAPO denunciava que as escolas de referência criadas para as crianças cegas e surdas não estão a dar a resposta adequada. "Um ciclo que não se quebra sem uma aposta séria na qualidade do ensino", avisava Carlos Lopes, da Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal (Acapo).
Agora são vinte colégios de Ensino Especial que estão à beira da falência. Todos queremos a integração destes alunos, mas a integração na vida activa passa por um ensino especializado e adaptado às necessidades destes portugueses. Infelizmente para o Governo esta situação é PREoCupante e ainda não sabemos se vai ou não dar a mão a estas instituições.
A AEEP requereu à tutela várias formas de financiamento, para projectos específicos ou para acudir aos colégios em situação difícil, fruto da “ausência de encaminhamentos propostos para estabelecimentos de ensino especial”, devido à política de inclusão de muitos destes alunos em escolas do ensino regular e à natural saída de outros porque atingem determinada idade ou encontram outras respostas na comunidade.
A AEEP afirma não ser contra a inclusão, mas com o financiamento associado ao número de alunos as verbas dos colégios caíram, pelo que desafia o ministério a esclarecer se há espaço para estes estabelecimentos em Portugal e se tenciona construir um grupo de trabalho entre a associação, um núcleo de colégios e a tutela para definir condições e recursos.
Contactado pela Lusa, para reagir às críticas da AEEP, o Ministério da Educação não respondeu em tempo útil.