As famílias portuguesas a diminuir e o Estado sem intervir.
Este tema é um problema da sociedade portuguesa e pouco se fala dele. O impacto da falta de nascimentos em Portugal vai ter consequências transversais em todas as áreas da responsabilidade do Estado. A Saúde, a Educação e a Segurança Social, estão em iminente ruína e não vejo da parte do Estado uma estratégia para fomentar a natalidade, a única solução de longo termo para a sobrevivência e perpetuação da Nação Portuguesa. O que é mais preocupante são as medidas que a conta gotas são anunciadas e que não saem do papel ou são mal implementadas, como o Cheque Bebé, o Cheque Dentista, ou pior, a redução anunciada pelo Governo de revisão dos apoios às famílias, por exemplo nos abonos de família. A consequência directa desta política na educação é a redução do número de alunos matriculados no 1. Ciclo, que em 28 anos diminuiu para 50%.
Porque é que o Estado não intervém?
Porque não quer... porque com a diminuição dos Estabelecimentos Escolares do 1.º Ciclo está a poupar dinheiro. Um argumento falacioso porque, a longo prazo, a falta de nascimentos vai colapsar a sociedade portuguesa.
Imaginem que as Aldeias de Portugal tinham um "BOOM" de nascimentos, para o Estado era o fim do mundo! Lá tinham eles de voltar abrir as Escolas Primárias, que contra ventos e marés estão a conseguir encerrar.
Uma família média de 3 elementos no agregado familiar foi pela última vez registada em 1999. Desde então a família portuguesa, em média, não tem um filho!
Em 1986 a Mulher tinha, em média, um filho aos 23,5 anos. Em 2009 essa idade média subiu para os 28,6 anos.
Fonte PORDATA