A ovelhinha que veio para o jantar.
A seguir um excerto do texto original.
― Oh não! OUTRA VEZ sopa de legumes! ― queixou-se o lobo, que já era velhinho. ―
Quem me dera ter uma ovelhinha aqui à mesa. Fazia já um belo ensopado de borrego!
Eis senão quando… TRUZ! TRUZ!
Quem batia à porta era uma linda ovelhinha!
― Posso entrar? ― perguntou ela.
― Claro, minha querida! A casa é tua! Vieste mesmo à
hora do jantar ― disse o lobo que, para além de ser velhinho,
também era muito matreiro…
A ovelhinha estava cheia de frio.
― BRRRR! BRRRR! ― fazia ela a tremer.
― Mas que azar o meu! ― sussurrou o lobo. ― Logo me
calhou uma ovelhinha congelada! Não gosto de comida assim!...
Então, o lobo lembrou-se de pôr a ovelhinha ao pé da lareira para ela se aquecer e, todo
apressado, foi procurar a sua receita preferida de ensopado de borrego.
Mnham mnham!... Já lhe crescia água na boca só de pensar no seu delicioso repasto.
Mas não era só o lobo que estava com fome. A barriga da ovelhinha também já estava a
dar horas…
― Mas que azar o meu! ― pensou o lobo. ― Não posso comer uma ovelhinha toda
esfomeada! Até me podia fazer mal ao estômago!
Então o lobo ofereceu à ovelhinha uma cenoura.
― Assim, já tenho borrego recheado!
A ovelhinha devorou a cenoura tão depressa que ficou com soluços.
― HIC, HIC, HIC! ― fazia ela sem parar.
― Ai, ai! Que azar o meu! ― lamentou-se o lobo. ― Quem é que come uma ovelhinha
cheia de soluços? Até pode ser contagioso!
O problema é que o lobo não percebia nada de soluços.
Como é que se acabava com eles?
― E se eu atirasse a ovelhinha ao ar?
― HIC!
Mas não resultou.
― E se eu a virasse ao contrário?
― HIC!
Mas não resultou.
― E se eu a abanasse de um lado para o outro?
Mas também não resultou.
Pode descarregar livremente os anexos. Agradecemos à Profª Ana Abrantes por ter partilhado com todos esta atividade.