É um novo eufemismo inventado pelo Ministério da Educação e Ciência, "diminuir a dispersão curricular".

Pensei que a frase do Ministro Nuno Crato significava dar mais autonomia às escolas para organizarem o currículo de acordo com as necessidades educativas dos alunos.

O MEC não só aumentou o número mínimo de alunos por turma, como também possibilita a diminuição de tempos letivos nas disciplinas nucleares de matemática e língua portuguesa. Com a entrada em vigor da nova matriz curricular, as escolas podem aumentar o tempo de cada período de aula, de 45 para 50 minutos, mas com a consequente diminuição de tempos letivos, resultando uma redução efectiva de aulas.

O aumento geral de alunos por turma e a nova matriz curricular é o oposto do que defendi no meu artigo "Quantos alunos deve ter uma turma, uma mudança de paradigma".

"O número de alunos de uma turma deve ser proporcional ao número de horas da disciplina. Quantos mais alunos por turma, mais horas de aulas têm de ser lecionadas. Uma explicação individual de uma hora pode equivaler a várias horas numa explicação coletiva.

Temos de abandonar o paradigma da "Turma", corpo de uma lista de x alunos da "Ana ao Zé". Devemos abraçar a ideia de grupos por níveis de aprendizagem: " Ana está com o Zé a Matemática" e " Ana está com o Francisco a Inglês".

Só dando a liberdade às escolas para fixar o número de alunos por "turma/grupo" e designar a carga horária, é que chegamos a uma situação de harmonia de oportunidades. Podiam-se formar "turmas/grupos", por exemplo, com menos alunos a Matemática e Língua Portuguesa e com mais a Inglês."

Podem comprovar que as duas novas medidas do MEC reduzirão o número de professores. como se pode ler em vários artigos a circular na blogoesfera: