Isabel Alçada foi entrevistada pelo D.N.
Isabel Alçada quer desmarcar-se da anterior Ministra da Educação e consegue-o com o seu carisma.
"Desde o 25 de Abril que o Ministério da Educação é dominado por ministros homens. Com Maria de Lurdes Rodrigues iniciou-se um ciclo feminino de pólos opostos na actuação, pois Isabel Alçada parece interessada em diminuir tensões entre os vários parceiros do sector. Após um primeiro acordo e uma primeira crise, a ministra comenta a situação
Se estivesse a escrever mais Uma Aventura, estaria agora a viver o primeiro grande momento de acção desta aventura ministerial?
Não! Nas Aventuras capturamos o leitor muito cedo na história.
Esse foi aquele primeiro momento, o acordo com os sindicatos?
Houve sempre muita acção, pois desde o início que havia muitos assuntos para tratar e negociar com os parceiros e os sindicatos.
Mas a sua entrada no ministério não fez um corte com o passado?
Sigo uma política na mesma ordem de ideias, porque temos como ponto essencial a qualidade da educação e do ensino. Que passa, no último caso, por uma abertura total do sistema educativo a todas as pessoas que têm idade para o frequentarem - desde o pré-escolar até ao 12.º ano - e, no primeiro caso, tem a ver com a equidade e igualdade de oportunidades, mesmo que diferenciada. Quando entrámos, esta equipa manteve, em articulação com o Governo, que haveria introdução de modificações em alguns pontos, nomeadamente na estrutura da carreira docente e na avaliação.
Só que, ao não ter feito esse corte, confronta-se agora com uma guerra declarada pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof).
Não é uma guerra!
Foi a expressão usada.
Usaram, mas eu não. É um conceito que não uso porque a nossa forma de trabalhar é a negociação e o diálogo para chegar a um entendimento. Quando há momentos em que não há entendimento sobre alguns pontos, as pessoas têm o direito de se manifestar de acordo com aquilo que está legislado."