Já tinha apelado ao cuidado de não avançar para reformas curriculares sem avaliação científica. Por exemplo, a proposta do Conselho de Escolas é orientada pelo sistema educacional suíço, mas as diferenças são muitas, conforme salientei nesse artigo.
Saúdo a posição da Ministra da Educação Isabel Alçada, mas fico também admirado, como em Portugal se aumenta a escolaridade obrigatória até ao 12.º ano, sem ter completado os estudos sobre a revisão curricular. É como se diz "colocar a carroça à frente dos bois".
Para já só ficam definidas as metas para cada ano, mas será que isso funciona se os manuais estão concebidos para as anteriores metas?
A ministra da Educação, Isabel Alçada, confirmou que a reforma do 3.º ciclo não vai avançar no próximo ano lectivo, mas que as metas de aprendizagem, o que se prevê que os alunos saibam em cada disciplina, "vão estar disponíveis em todas as escolas". As associações dos professores de Matemática e de Português estão preocupadas com o adiamento da aplicação da reorganização curricular.